14/12/2015
Enviados da ONU citam falta de “estabilidade duradoura” na Guiné-Bissau
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Representantes na África Ocidental pedem diálogo em prol de um ambiente para executar programa para desenvolver o país; expectativas com eleições de Cabo Verde também foram avançadas pelos representantes da ONU na região.
Bandeira das Nações Unidas. Foto: ONU/John Isaac
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A cidade marfinense de Abidjan acolheu um encontro bienal de chefes de Missões de Paz das Nações Unidas na África Ocidental, no arranque do fim de semana.
Na sessão liderada pelo representante especial do secretário-geral para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, participaram os enviados da ONU na Guiné-Bissau, na Libéria, no Mali, e na Cote d’Ivoire também conhecida como Costa do Marfim
Expectativas
A nota final da reunião destaca a preocupação dos delegados com a “ausência de um clima de estabilidade duradoura na Guiné-Bissau, apesar das elevadas expectativas que se seguiram à restauração da ordem constitucional”.
Na reunião bienal, os representantes instaram aos atores políticos e institucionais ao diálogo para que seja criado um ambiente propício à execução do programa de desenvolvimento do país.
Cabo Verde
As eleições na sub-região africana também foram abordadas no encontro. A votação em Cabo Verde é mencionada na nota pelas expectativas quanto à consolidação do processo democrático.
A intenção foi manifestada em relação a pleitos previstos no próximo ano em países como Níger, Benim, Gana e Gâmbia.
Os chefes das missões de paz congratularam-se com a “realização de processos eleitorais pacíficos e transparentes” este ano em nações como Nigéria, Togo, Burquina Fasso, Costa do Marfim e Guiné Conacri.
Terrorismo
Os grupos terroristas no Mali mereceram a atenção dos participantes ao encontro, que apelaram ao engajamento total e permanente das partes do cessar-fogo e outros envolvidos para apoiar a execução do acordo.
Foram igualmente condenados os ataques terroristas na região, em especial aos que ocorreram em torno da área da Bacia do Lago Chade. Os enviados lamentaram as consequências humanitárias.
Os participantes destacaram ainda os sucessos alcançados no combate ao vírus ébola na África Ocidental e pediram o reforço de mecanismos de alerta precoce.
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