Dobra o total de crianças refugiadas que pedem asilo à Europa

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01/12/2015

Dobra o total de crianças refugiadas que pedem asilo à Europa

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Unicef informa que entre as pessoas que se afogaram este ano no Mar Egeu, um terço era menor de idade; entre 730 mil refugiados e migrantes que chegaram em solo grego, 25% eram crianças.

Crianças e seus pais chegam na Grécia. Foto: Unicef/shley Gilbertson VII

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, informou que as crianças formam 25% dos 730 mil refugiados e migrantes que chegaram à Grécia este ano.

Sobre o total de vítimas, os menores de idade representam um terço dos refugiados que morreram afogados no Mar Egeu. E o número de crianças que pediu asilo à União Europeia dobrou na comparação com o ano passado.

Frio

Em Genebra, a porta-voz do Unicef declarou que até agora, o inverno tem sido brando, mas isso já está mudando e as crianças refugiadas precisam de roupas, meias e cobertores.

Sarah Crowe explicou que após chegarem à Grécia, os migrantes e refugiados seguem para a ex-República Iugoslava da Macedônia, Sérvia, Croácia e Eslovênia.

Em outubro, pelo menos 90 crianças morreram no leste do Mediterrâneo, sendo que a cada cinco menores, um tinha menos de dois anos de idade. A maioria dos afogados este ano era da Síria, do Afeganistão e do Iraque.

Nova Crise

A porta-voz do Unicef revelou também que no último mês, 52% dos que atravessaram as fronteiras nos Bálcãs eram mulheres e crianças, sendo que no verão, o índice era de 27%. Para Sarah Crowe, a crise tornou-se "uma crise para crianças e suas mães".

Bebês e crianças bem pequenas são os que correm mais risco, assim como os menores com necessidades especiais ou que foram separados de suas famílias durante a jornada.

Doenças

Segundo o Unicef, todos os dias nascem bebês nas rotas de migração, em condições muito desfavoráveis. Com o frio, aumenta o risco de crianças e bebês morrerem em terra ou no mar e ficarem doentes com hipotermia ou pneumonia.

Em novembro, 140 mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo, uma queda em relação as 220 mil que fizeram a travessia em outubro. Os números são da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, que lista os motivos: piora das temperaturas e um forte combate da Turquia contra os traficantes.

Os refugiados da Síria formam 61% dos que chegaram à Grécia e 22% são do Afeganistão, seguidos por cidadãos do Iraque e do Paquistão. A Itália continua recebendo em maior número pessoas da Eritreia, da Síria, do Egito e da Somália.

Fonte: Rádio ONU

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