Crise no Burundi leva Conselho de Segurança a reunir-se de emergência

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12/11/2015

Crise no Burundi leva Conselho de Segurança a reunir-se de emergência

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Segundo dados da ONU, quase 250 pessoas foram assassinadas nos últimos meses; violência preocupa órgão das Nações Unidas; vice-secretário-geral está alarmado com piora da situação e divisões no país.

Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/Loey Felipe

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Conselho de Segurança promove esta quinta-feira um encontro para discutir a situação no Burundi. Os 15 países-membros do órgão vão avaliar o agravamento da crise e a onda de violência.

Antes, o vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, assinou um comunicado conjunto com a União Africana e a União Europeia a respeito da situação no país.

Alarme

Durante a Cimeira Valetta sobre migração, que decorre em Malta, Eliasson teve uma discussão sobre o Burundi com a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, e com a alta-representante da União Europeia, Federica Mogherini.

Após o encontro, foi divulgada a nota onde os três afirmam estar "alarmados" com a extensão das divisões, as ameaças a mais vidas e o "aprofundamento da crise regional".

Solução

Os representantes prometem trabalhar juntos e mobilizar todo o tipo de recursos para prevenir mais deterioração no Burundi. É também destacada a necessidade urgente de uma reunião entre o governo do país e representantes da oposição.

A nota sugere que o encontro decorra na capital da Etiópia, Adis Abeba, ou na capital ugandesa Kampala, sob a liderança do presidente Yoweri Museveni do Uganda. Para os representantes, não se deve poupar nenhum esforço na tentativa de acabar com a violência no Burundi e de se encontrar uma solução política.

A situação no país já foi discutida pelo Conselho de Segurança no início da semana. Na ocasião, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos informou que 240 pessoas foram assassinadas desde março.

Zeid Al Hussein também denunciou detenções de jornalistas, opositores do governo e defensores dos direitos humanos.

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Fonte: Rádio ONU

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