Conselho de Segurança faz primeira enquete sobre candidatos a chefe da ONU

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Representantes dos 15 países-membros receberão cédulas com os nomes dos 12 concorrentes ao cargo de secretário-geral e três opções "encorajar", "desencorajar" e "nada a opinar"; o posto fica vago a partir de 1º de janeiro de 2017.

Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/Manuel Elias (arquivo)

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Segurança da ONU realiza nesta quinta-feira a primeira enquete com os candidatos ao cargo de secretário-geral da organização.

A votação é considerada o primeiro passo para avaliar a possibilidade dos 12 candidatos nomeados pelos seus países ao posto, que fica vago a partir de 1º de janeiro de 2017.

Arquivo

A votação secreta é feita nas salas de consulta do Conselho. Apenas os embaixadores e um delegado de cada país podem entrar no local. Nenhum funcionário do Secretariado pode estar presente e não haverá nenhum arquivo do resultado oficial da enquete.

Os diplomatas receberão as cédulas com três opções: "encorajar", "desencorajar" e "nada a opinar". O processo foi discutido no mês passado, quando foi decidido que não haverá nenhuma diferença nas cédulas para países que têm assento permanente no Conselho e os que são rotativos.

Será uma cédula para cada candidato. Por isso, os 15 membros do Conselho terão que depositar nas urnas o total de 180 cédulas ao votar em cada um dos nomes.

Diálogos informais

Os integrantes do Conselho de Segurança conhecem todos os candidatos após uma série de diálogos informais de cada um na Assembleia Geral.

Os 12 também tiveram encontros privados com os membros do Conselho. São seis candidatas e seis candidatos: Irina Bokova, da Bulgária; Helen Clark, da Nova Zelândia; Christiana Figueres, da Costa Rica; Natalia Gherman, da Moldávia; Vesna Pusic, da Croácia e Susana Malcorra, da Argentina.

Os outros seis concorrentes ao cargo de secretário-geral são: António Guterres, de Portugal; Vuk Jeremic, da Sérvia; Srgjan Kerim, da ex-República Iugoslava da Macedônia; Igor Luksic, de Montenegro; Miroslav Lajcak, da Eslováquia e Danilo Türk, da Eslovênia.

O próprio presidente do Conselho de Segurança irá contar os votos e anotar o resultado numa tabela. Durante este processo, outros membros estarão presentes e podem conferir a apuração em suas próprias cédulas de votação. As cédulas serão destruídas pela Presidência do Conselho após o fim da consulta.

País

O resultado não será divulgado ao público. Um acordo dentro do Conselho decidiu que os embaixadores de países que nomearam candidatos ao posto receberão os resultados de seus candidatos, assim como a indicação das marcas mais altas e mais baixas recebidas para cada concorrente, sem atribuição de como cada país votou.

O presidente da Assembleia Geral, o órgão responsável por realizar a votação final para o cargo de secretário-geral, será apenas informado da enquete. O chefe da Assembleia disse que, em nome da transparência, o resultado deveria ser divulgado, mas alguns países com assentos permanentes disseram que o processo tem que permanecer secreto.

Até o final desta quinta-feira, será anunciada a data de uma nova enquete informal.

A Rússia afirmou que não existe nenhuma necessidade de se realizar outra enquete antes de setembro, mas outros membros do Conselho decidiram que é preciso fazer uma série de consultas como essa durante o mês de agosto.

Fonte: Rádio ONU

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