Conflito levou deslocados a ocupar 10 estados do centro e norte da Nigéria

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21/12/2015

Conflito levou deslocados a ocupar 10 estados do centro e norte da Nigéria

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A previsão é que oito dessas regiões tenham 15,1 milhões nigerianos a enfrentar insegurança alimentar até ao fim do ano; Ocha destaca regresso de 334 mil pessoas ao nordeste com a melhoria da situação de segurança em certas áreas.

Conflito compromete atividades de subsistência e de mercado realizadas por deslocados. Foto: ONU.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Ataques recorrentes na Nigéria contribuem para a movimentação contínua de mais de 2,6 milhões de pessoas, que incluem 2,2 milhões de deslocados internos em 10 estados do centro e norte.

A informação foi publicada esta segunda-feira pelo Escritório da ONU para Assistência Humanitária, Ocha, no informe que cobre o período até o fim de novembro.

Conflito

O escritório destaca que 91% dos deslocados do país vivem no nordeste. Nove em cada 10 pessoas identificam o conflito como a principal razão para a sua movimentação.

A estimativa é que mais de 165 mil pessoas tenham fugido para os países vizinhos. As milícias Boko Haram atuam há seis anos e as suas ações são mais intensas nos estados nordestinos de Adamawa, Borno e Yobe.

Assistência Urgente

O Ocha cita uma avaliação local que indica que cerca de 15,1 milhões de nigerianos vão enfrentar insegurança alimentar em oito estados do norte até ao fim do ano. Destes, aproximadamente 55 % estarão nos três estados mais afetados pelo conflito, o equivalente a 8,3 milhões de pessoas.

No total, estas áreas devem ter três em cada quatro pessoas a precisar de assistência alimentar urgente.

Chade e Camarões

A melhoria na situação de segurança em algumas áreas do nordeste permitiu o retorno de 334 mil pessoas. O grupo inclui deslocados e nigerianos que retornaram dos vizinhos Chade e Camarões.

Entre as consequências dos confrontos estão milhares de mortos e a destruição de casas e de outras infraestruturas sociais.

Áreas Inacessíveis

O Ocha destaca que os confrontos na Nigéria provocam também restrições nas atividades de subsistência e de mercado que eram realizadas por deslocados, comunidades de acolhimento e pessoas que em vivem áreas inacessíveis.

Em 2015, o Ocha prestou auxílio a 2,8 milhões de pessoas na Nigéria. O escritório disse ter recebido um financiamento de 58% do total de US$ 100 milhões que precisava para o plano de resposta humanitária ao país.

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Fonte: Rádio ONU

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