23/12/2016
Civis saem de Alepo enfrentando neve e temperaturas abaixo de zero
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Mais de 34 mil pessoas foram retiradas da cidade síria, mas milhares continuam na área; ONU acredita que operação está na fase final; famílias recebem roupas para o frio e kits de inverno.
Deslocados em Alepo, na Síria, fazem fila para receber alimentos distribuidos pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA. Foto: PMA/Hani Al Homsh
Leda Letra, da ONU News em Nova York.
O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, divulgou esta sexta-feira as últimas informações sobre o plano de retirada de civis de Alepo, que entra na fase final.
Milhares de pessoas ainda continuam sob cerco na cidade síria, mas com a ajuda da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Sírio, muitas famílias saíram de Alepo na madrugada. As operações seguem durante o dia.
Neve
Desde a noite de quinta-feira, os observadores da ONU têm acompanhado milhares de pessoas saindo do leste de Alepo em veículos privados, que tiveram dificuldades em seguir viagem por conta de uma tempestade de neve e de temperaturas abaixo de zero.
A Cruz Vermelha calcula que mais de 34 mil pessoas foram retiradas de bairros cercados no leste de Alepo desde o dia 15 de dezembro. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 435 feridos ou doentes conseguiram sair da cidade, sendo que 95 pacientes em condições críticas foram transferidos para a Turquia.
Vulnerabilidade
Proteger os civis que saem de Alepo continua sendo uma das principais preocupações das agências humanitárias. O Ocha destaca que o processo de retirada chega a ser "traumático", porque as pessoas estão vulneráveis e esperam por horas em temperaturas negativas.
O Escritório da ONU lembra que todos os civis têm o direito de sair de Alepo com segurança e de receber assistência humanitária imediata. As famílias retiradas da cidade e que seguem para a área rural no oeste de Alepo ou para Idleb recebem roupas de frio, kits de inverno e combustível para aquecimento.
Mais de 20 clínicas móveis estão espalhadas pelas rotas de evacuação de civis e oito hospitais da região receberam medicamentos e outros itens para o tratamento dos feridos e dos doentes. Entre 1,2 mil crianças que passaram por uma triagem, nenhuma foi diagnosticada com desnutrição severa.
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Fonte: Rádio ONU
