25/11/2016
Bebês de apenas dois meses foram feridos a bala na cidade iraquiana de Mossul
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Segundo a Organização Mundial da Saúde, em pouco mais de um mês, mais de 1,2 mil civis foram atingidos por balas, minas e morteiros; maioria fica sem tratamento médico por causa da insegurança.
Família deslocada pelos combates no vilarejo de Shora, a 25 quilômetros de Mosul. Foto: Acnur/Ivor Prickett
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, revelou esta sexta-feira um balanço parcial do número de feridos na ofensiva militar que ocorre em Mossul, no Iraque. Desde o dia 17 de outubro, mais de 1,2 mil pessoas ficaram feridas por balas, minas, bombas e morteiros, incluindo bebês de apenas dois meses de vida.
A OMS destaca que o número exato de feridos deve ser muito maior, já que a maioria dos civis não tem como acessar tratamento devido à insegurança na cidade de Mossul.
Aumento dos conflitos
As informações foram divulgadas em Genebra pela porta-voz da organização, Fadela Chaib.
A porta-voz explicou que os confrontos em Mossul ocorrem em áreas que não são muito povoadas, por isso o número de feridos pode ser considerado relativamente baixo. Mas com o aumento dos conflitos, a OMS prevê que 40 mil moradores possam precisar de ajuda médica.
A agência ainda não tem uma ideia clara das condições do hospital de Mossul, mas já disponibilizou dois centros de triagem a 25 km da cidade, além de dezenas de clínicas móveis.
Desabrigados
Outro problema para a saúde é o forte frio na região e por isso, os campos para desalojados já estão ficando lotados. Segundo a Organização Internacional para Migrações, 73 mil iraquianos abandonaram suas casas desde o início da ofensiva, há pouco mais de um mês.
A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, anunciou a abertura de mais dois acampamentos para deslocados internos: em Al Alam, que já recebeu 180 pessoas e o outro, em Amalla, será inaugurado na próxima semana. Um deles é perto da cidade de Tikrit.
Com isso, o Acnur terá um total de seis locais para abrigar os desalojados pela violência.
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Fonte: Rádio ONU