20/11/2015
Ban condena ataque terrorista que matou pelo menos 18 no Mali
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Três trabalhadores das Nações Unidas estavam entre os reféns em hotel atacado por terroristas; funcionários foram retirados do local com segurança; ato foi reivindicado por grupos islamitas que incluem um ramo do al-Qaeda no Magrebe.
Entre os reféns estavam três trabalhadores das Nações Unidas. Foto: Munusma/Mikado FM
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas condenou o ataque terrorista desta sexta-feira ao hotel Radisson Blu na capital maliana, Bamako.
Ban Ki-moon considerou o ato “terrível”, na nota que endereça condolências ao governo do Governo do Mali e às famílias dos que perderam a vida. O chefe da ONU desejou uma rápida recuperação aos feridos.
Forças Especiais
Relatos preliminares de agências de notícias apontam para 18 mortos após a invasão do edifício por homens armados que disparavam e gritavam. Para o local, foram destacadas forças especiais malianas que libertaram cerca de 170 pessoas.
O comunicado do chefe da ONU revela que a Missão das Nações Unidas no Mali, Minusma, apoiou as autoridades em ações para lidar com a crise.
Em Nova Iorque, o porta-voz de Ban Ki-moon falou a jornalistas sobre a crise. Stéphan Dujarric disse que entre os reféns estavam três trabalhadores das Nações Unidas, que foram retirados do local com segurança.
Progressos
Na nota, o secretário-geral observa com preocupação que os ataques ocorrem num momento que considerou de bom progresso do processo de paz.
Os grupos que assinaram o acordo de paz e reconciliação, as coligações Coordenação dos Movimento de Azawad e Plataforma, estavam na capital maliana para participar numa reunião do Comité de Monitoramento do Acordo. No evento estariam igualmente o Governo do Mali e parceiros internacionais.
De acordo com os relatos das agências, o ataque teria sido reivindicado por um ramo do al-Qaeda no Magrebe Islâmico e um grupo associado, denominado al- Mourabitoun.
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