Ban cita atrocidades em massa ao pedir embargo de armas contra Sudão do Sul

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19/12/2016

Ban cita atrocidades em massa ao pedir embargo de armas contra Sudão do Sul

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Secretário-geral fala de nova ofensiva militar do governo contra a oposição nos próximos dias; Splm na oposição estaria a preparar escalada de violência.

Reunião sobre o Sudão do Sul nesta segunda-feira no Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/Manuel Elias

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, reiterou o seu pedido de embargo de armas ao Sudão do Sul em discurso em que advertiu sobre "uma trajetória de atrocidades em massa" no país.

Numa sessão de emergência do Conselho de Segurança, esta segunda-feira, o chefe ONU afirmou que o povo sul-sudanês será o alvo do tipo de atos e deposita as suas esperanças na comunidade internacional e no órgão.

Capacidade

Ban declarou que esse embargo reduziria a capacidade de todos os lados de conduzir a guerra.

Para o secretário-geral, o Sudão do Sul não enfrenta ameaça externa e "mais armas só representam uma ameaça maior para o seu próprio povo."

No pronunciamento, o chefe da ONU mencionou relatos de que o presidente Salva Kiir e os seus partidários estariam a considerar uma nova ofensiva militar nos próximos dias contra o Splm na Oposição.

Escalada

O discurso sublinha ainda que haveria "indícios claros" de que o líder da oposição, Riek Machar, e outros grupos estariam a considerar uma escalada militar.

Para o chefe da ONU, o momento é para colocar o povo do Sudão do Sul na vanguarda de qualquer estratégia e não seus líderes.

Urgência

O apelo ao órgão que possa "agir, agir agora," cumprindo a responsabilidade e apoiando os esforços regionais em curso. Para o chefe da ONU, a crise do Sudão do Sul é das mais urgentes do mundo.

De acordo com a organização, dezenas de milhares de civis foram mortos durante os três anos de conflito. Ban reiterou que a economia do país está em ruínas e que o tecido social está a ruir.

Ele reitera que com os milhares de deslocados e desabrigados, a fome e a pobreza só pioram no mais novo país do mundo

Para Ban, a responsabilidade pela situação "pesa diretamente nos ombros dos líderes que traíram a confiança pública e continuam a mostrar um sentimento perverso de direito, buscando manter o poder e a riqueza a todo custo."

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Fonte: Rádio ONU

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