Angola sofre com El Niño, desnutrição e febre amarela

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Alerta foi feito pelo diretor de operações do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha; John Ging disse que 1,4 milhão de pessoas foram afetadas por efeito climático; desnutrição atinge entre 5% e 7% das crianças no sul do país.

Diretor de Operações do Ocha, John Ging. Foto: ONU/ Evan Schneider

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O diretor de operações do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, John Ging, afirmou que Angola sofre com os efeitos do El Niño, com a desnutrição e a febre amarela.

Ging realizou entre 24 e 25 deste mês visita oficial ao país africano para avaliar a situação em relação a essas questões.

Níveis Alarmantes

O diretor de operações do Ocha afirmou que 1,4 milhão de angolanos foram afetados diretamente pelo efeito do fenômeno climático.

Além disso, Ging disse que os índices de má nutrição subiram a níveis alarmantes, de 5% a 7% das crianças nas províncias do sul estão com desnutrição aguda severa e entre 17% e 25% estão com a forma aguda do problema.

Ele afirmou que estas taxas estão muito acima do patamar estipulado pela Organização Mundial da Saúde, OMS.

Ging disse ainda que "há uma epidemia de febre amarela em Angola e o país está lutando para manter a situação sob controlo". Ele explicou que isto está a ocorrer por causa da falta de vacinas disponíveis.

Campanha de Vacinação

John Ging afirmou que o país está a realizar uma campanha de vacinação neste momento. A meta é vacinar 19 milhões de pessoas mas só foram enviadas 12,5 milhões de dozes de vacina.

Desde 15 de junho, o representante do Ocha afirmou que foram registados 3,1 mil casos de febre amarela e 345 mortes.

O diretor de operações referiu que está é uma doença que não deveria afetar ninguém em 2016 porque existe uma vacina para prevenir a febre amarela.

Ele revelou que infelizmente, boa parte da população de Angola não foi vacinada.

Desafio

Ging revelou que neste momento há uma preocupação da doença se espalhar para os países vizinhos. Alguns casos já foram registados na República Democrática do Congo e no Quénia.

Ele disse que esse é um grande desafio para Angola que tem que lidar com duas crises ao mesmo tempo: os efeitos do El Niño e a epidemia de febre amarela.

Ging citou ainda o problema da queda do preço do petróleo, porque grande parte do orçamento econômico do país teve como base preços bem mais altos.

Fonte: Rádio ONU

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