Angola: ONU apoia aposta na biodiversidade para ajudar a recuperar economia

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Parceria propõe salvar elefantes encorajando relação homem-natureza; iniciativa de preservação pretende aumentar turismo no país; projeto prevê reabilitar o maior parque nacional do país.

Caça furtiva ameaça ações para recuperar a população de elefantes em Angola. Foto: Pnuma

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

As Nações Unidas em Angola apoiam a biodiversidade como parte dos novos desafios no país que quer lidar com a sua herança do meio ambiente.

Ao mesmo tempo, a variedade da vida de plantas e animais é considerada como tendo potencial para combater a fome, a pobreza e promover o desenvolvimento.

Recursos

O Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, participa num projeto de US$ 10 milhões para reabilitar o Parque Nacional de Iona, a maior área de conservação angolana. A União Europeia, o governo e o Fundo Global do Ambiente, GEF, são parceiros do projeto.

Em declarações à Rádio ONU, em Luanda, o diretor do Instituto de Biodiversidade e Áreas de Conservação Ambiental em Angola, Abias Wongo, falou do desafio de estimular a recuperação de milhares de elefantes.

Biodiversidade

"Tens fome e tens um elefante. Com a venda da sua carne, dos chifres e tudo consegues cerca de US$ 21 mil. Mas se manténs aquele elefante vivo, durante o tempo de vida do animal consegues ter mais de US$ 160 mil. É mostrando isso no sentido de proteger animais, a biodiversidade e algumas plantas que poderemos ter recursos para nos manter vivos."

O governo quer mostrar como pode colaborar com pessoas para ajudar a aproveitar melhor os recursos naturais, em termos de crise

Foto: Pnuma

económica por causa dos baixos preços do petróleo.

Além do dinheiro, o país quer trazer de volta o que perdeu com o conflito civil que acabou há 14 anos.

Oceano Atlântico

A superfície ocupada pelo Parque Nacional de Iona, e pelo namibiano Parque da Costa dos Esqueletos e o Parque Nacional Namib-Naukluft forma 1.200 km de costa no Oceano Atlântico.

Com a ajuda do Pnud, as áreas onde os animais tinham desaparecido começam a ser visitas por turistas. Na província do Cuango Cubando, antes um campo de batalha da guerra civil e hoje um cenário de retorno da natureza, populações passam de comedores da carne dos animais para seus cuidadores e vigias.

Marfim

A ideia é preservar as áreas da ameaça de caçadores de países da região, que querem abater animais como os elefantes para traficar o marfim.

Para evitar que isso aconteça atuam fiscais das próprias comunidades, num envolvimento das populações que o governo considera “um dos sinais positivos da parceria para renovar a vida animal e estimular a economia.”

Fonte: Rádio ONU

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