Agência da ONU e parceiros analisam merenda escolar no Brasil e Cabo Verde

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Relatório, assinado pelo PMA, traz programas de 14 países e mostra como outras nações podem implementar projetos que focam na sustentabilidade; Brasil exige que 30% dos alimentos sejam adquiridos de produtores locais.

Análise de programas de merenda escolar foi feita em 14 países, Foto: PMA/Challiss McDonough

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.*

As Nações Unidas e agências parceiras divulgaram uma extensa análise de programas de merenda escolar em 14 países, com indicações de como criar e implementar projetos que focam na sustentabilidade.

O Brasil é destaque do relatório, já que, por lei, as escolas são obrigadas a comprar pelo menos 30% dos alimentos a partir de produtores locais. Para a ONU, essa tendência beneficia a economia rural e aumenta a qualidade nutricional das refeições servidas nas escolas.

Recomendação

Na avaliação, o Brasil "criou um programa nacional de merenda escolar de sucesso" e a experiência pode interessar outros países. O documento destaca ainda que a merenda escolar faz parte do direito humano à alimentação adequada, emenda incluída na Constituição brasileira em 2010.

Outro país de língua portuguesa analisado é Cabo Verde, que tem o "desafio de conciliar demandas crescentes do programa de merenda", em termos de "qualidade nutricional e contribuição para a agricultura local" .

Gastos

O relatório nota que 80% dos custos são para compra e preparo dos alimentos. Por isso, a recomendação para o país africano é para que seja mais eficiente na administração do programa e limite despesas.

Segundo o Programa Mundial de Alimentos, PMA, praticamente todos os países do mundo oferencem merenda nas escolas públicas. O investimento global gira em torno de US$ 75 bilhões, cerca de R$ 255 bilhões.

O valor é suficiente para garantir que 368 milhões de crianças, ou uma entre cinco, receba pelo menos uma refeição por dia nas escolas. Também foram avaliados os programas de merenda no Chile, no México, no Mali, na Nigéria e outros oito países. A análise foi produzida pelo PMA, pelo Banco Mundial e pela Parceria para o Desenvolvimento Infantil do Imperial College de Londres.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.

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Fonte: Rádio ONU

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