15 milhões de pessoas precisam de assistência de saúde no Iêmen

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15/12/2015

15 milhões de pessoas precisam de assistência de saúde no Iêmen

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OMS e parceiros fazem apelo por US$ 31 milhões para garantir continuidade dos serviços; sistema de saúde do país entrou em colapso e população está sem atendimento e sem remédios.

Equipe da OMS assiste população iemenita. Foto: OMS Iêmen

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, está pedindo US$ 31 milhões para garantir a continuidade dos serviços de saúde no Iêmen. Segundo a agência da ONU, 15 milhões de pessoas no país precisam deste tipo de assistência.

Devido ao conflito, o sistema de saúde iemenita entrou em colapso, deixando milhões de pessoas vulneráveis, sem cuidados de saúde ou medicamentos.

Financiamento

O diretor da OMS no leste do Mediterrâneo declarou esta terça-feira ser urgente ajudar "feridos, grávidas, crianças desnutridas e idosos". Ala Alwan afirmou que a agência faz um apelo aos doadores por financiamento, essencial também para reduzir riscos de surtos de doenças e para fornecer vacinas.

Atualmente, a OMS e parceiros estão fornecendo remédios, ajudando nos serviços de saúde e fornecendo apoio de saúde mental em áreas de difícil acesso. O trabalho é feito com clínicas móveis ou nos centros de saúde.

Mas o dinheiro é necessário para garantir a continuidade do trabalho e também para restaurar serviços que foram interrompidos com o conflito. A OMS cita três áreas essenciais: ajuda aos feridos, tratamento para pacientes com doenças crônicas e monitoramento de doenças e vacinação para prevenir surtos.

Catástrofe

Segundo a agência, a situação humanitária e de saúde "atingiu níveis catastróficos" no Iêmen. Em Áden, por exemplo, 100% da população precisa de ajuda humanitária. Em Taiz, mais de três quartos dos habitantes estão nesta situação e quase 240 mil civis estão vivendo "em um cerco virtual".

Para piorar a situação, a escassez de combustível tornou quase impossível que muitos hospitais funcionassem normalmente. A falta de gasolina também impede a circulação de ambulâncias. Cirurgias e cesarianas foram interrompidas. Pacientes cujo tratamento depende de aparelhos ligados à energia também estão em risco.

Segundo a OMS, foram fornecidos tabletes de purificação de água e mais de 19 milhões de litros de água para acampamentos e locais que estão abrigando deslocados internos.

Nos últimos nove meses, a agência distribuiu mais de 250 toneladas de medicamentos no Iêmen, ajudando mais de 7 milhões de pessoas. Com a ajuda de entidades parceiras, 4,6 milhões de crianças foram vacinadas contra a pólio e 1,8 milhão contra o sarampo.

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Fonte: Rádio ONU

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