R.E.M. – Green (1988)

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R.E.M. – Green (1988)

 

Eu conheci e me apaixonei pelo R.E.M. através de canções, bem antes de chegar a um disco deles. Tudo começou aos 15 anos de idade, quando “It’s the end of the world…” se tornou minha companhia fiel de todos os dias, passou por “The one I love” e “So central rain” até que naquele mesmo 1991 a banda da Georgia lançou Out of time e “Losing my religion” tomou o mundo. Mas não era neste álbum e muito menos nesta música que eu estava interessado.

Out of time havia saído em março, mas em setembro a I.R.S. pegou o gancho de seu sucesso e pôs no mercado a coletânea The best of R.E.M., e aí chegamos ao ponto X desta pequena história: em dezembro haveria amigo secreto no colégio, e meu pedido foi justamente essa compilação, que trazia todas as canções que eu amava. Seria a glória ter esse vinil rodando em minha vitrola. Seria…

Porque no dia da troca de presentes lá estava eu, empolgadíssimo em pegar minha bolacha, correr pra casa e devorá-la como fazia com todos os discos que até então eu chamava de meus. Peguei o embrulho, e quando abri…ele não estava lá. A Dani – ainda hoje minha amiga – não encontrou o álbum que eu queria, então me deu outro (se me lembro bem essa foi a razão). E eis que graças a essa quase-tragédia, meu primeiro R.E.M. foi o disco que exatamente hoje, 07 de novembro, completa 30 anos: Green.

Óbvio que rolou uma decepção, mas nada desesperador. Não era o álbum, mas era A banda. Vitrola ligada, agulha à postos, e aos primeiros acordes do lado A, a surpresa: ainda guardava fresca em minha memória a primeira ida ao Retrô; uma noite insana um ano antes – creio eu – que terminou comigo acordando já com o sol raiando e um clipe rolando no telão, de um som bacana pra caralho, que era…”Pop song ’89”. Puta que o pariu!

Dali em diante nada mais seria como antes, e minha relação de amor com o R.E.M. ganhou força, forma e conteúdo. Green abriu caminho para que eu mergulhasse cada vez mais fundo em sua discografia e história, descobrindo além de álbuns e faixas que se tornariam parte de mim, sua importância nos caminhos daquele tal rock alternativo que tomava conta do meu coração. É disco da vida que dizem, né?

Essencial!

 

Fonte: Pequenos Clássicos Perdidos

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