“Operação Marquês” com prazo de investigação prolongado

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"Operação Marquês” com prazo de investigação prolongado

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RFI

Publicado a 17-03-2017

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Procuradora-geral, Joana Marques Vidal
lusa

A procuradoria-geral da República anunciou em comunicado que aceitou o pedido dos procuradores da "Operação Marquês" para estender o prazo para terminar o inquérito em torno do antigo primeiro-ministro português José Sócrates.

A procuradora-geral, Joana Marques Vidal, decidiu, esta sexta-feira, a pedido dos procuradores do processo, prolongar, até final de Junho, o prazo de investigação para avançar com uma acusação contra o ex-primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, e os restantes 27 arguidos.

Joana Marques Vidal decidiu, contudo, que o director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Amadeu Guerra, deverá prestar “informação, até finais de Abril” sobre a “evolução entretanto ocorrida nos segmentos e fases de conclusão do inquérito e elaboração do despacho final” e “indicar o prazo que se mostra ainda necessário, se esse for o caso”.

De recordar que a 14 de Setembro de 2016, a procuradora-geral da República tinha decidido conceder, aos titulares do inquérito, mais 180 dias, que terminavam hoje.

A "Operação Marquês", que investiga crimes de corrupção, branqueamento de capitais, fraude fiscal, recebimento indevido de vantagem, falsificação e tráfico de influência, foi tornada pública em Novembro de 2014 e conta agora com 28 arguidos, dos quais nove empresas.

Entre os arguidos estão Armando Vara, ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos e antigo ministro socialista, Carlos Santos Silva, empresário e amigo do ex-primeiro-ministro, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, Paulo Lalanda de Castro, do grupo Octapharma, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, ex-administradores da PT, Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e os empresários Diogo Gaspar Ferreira e Rui Mão de Ferro e o empresário luso-angolano Hélder Bataglia. Mais pormenores com o nosso correspondente em Lisboa, Luís Guita.

Correspondência de Lisboa

17/03/2017


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Fonte: Rádio França Internacional

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