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França fecha mesquitas e espaços considerados radicais
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Ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, diz que expulsões vão continuar.
BMF/captura de vídeo
Vinte mesquitas e salas de oração consideradas radicais foram fechadas desde dezembro na França e "serão mais", assim como as expulsões de pregadores extremistas, declarou nesta segunda-feira (1), o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve.
"Não há espaço na França para aqueles que nas salas de orações ou nas mesquitas convocam e provocam o ódio e não respeitam um certo número de princípios republicanos. Penso especialmente na igualdade entre homens e mulheres", disse o ministro Cazeneuve à imprensa depois de se reunir com o presidente e o secretário do Conselho Francês de Culto Muçulmano, Anouar Kbibech e Abdullah Zekri.
"Esta é a razão pela qual decidi há vários meses, tanto no âmbito do estado de emergência, quanto mobilizando todos os meios de direito comum e com as medidas administrativas disponíveis, fechar mesquitas. Até agora cerca de 20 foram fechadas e irão ocorrer mais (fechamentos), dadas as informações que temos", advertiu.
França já expulsou 80 extremistas desde 2012
Na França há 2.500 mesquitas e salas de oração, 120 das quais são consideradas como difusoras de uma ideologia fundamentalista salafista. Cazeneuve informou que 80 pessoas, desde 2012, foram expulsas da França e que outras dezenas de expulsões estão em andamento, sem fornecer mais detalhes.
A reunião entre o ministro e os líderes do CFCM deveria discutir a organização e o financiamento do Islã nas fileiras muçulmanas, após os ataques de 14 de julho em Nice e de 26 de julho em uma igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray (Normandia).
Islã na França vai ser reestruturado
Cazeneuve confirmou a reestruturação iminente do Islã na França, com uma melhora da "transparência no financiamento" das mesquitas, "no respeito rigoroso dos princípios de laicidade".
"Existe um trabalho técnico que é difícil, sobre o qual temos que trabalhar de forma extremamente metódica e que me levará a fazer propostas complementares ao primeiro-ministro [Manuel Valls] durante o verão [europeu, até 21 de setembro], de forma que possamos propor um dispositivo globalmente coerente no mês de outubro", anunciou.
(Com informações da AFP)
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Fonte: Rádio França Internacional