ONU alerta para “corrida contra o tempo” para lidar com seca na Somália

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02/12/2016

ONU alerta para "corrida contra o tempo" para lidar com seca na Somália

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Chefe humanitário no país revelou que seca éextremamente preocupante que pode piorar rapidamente; mais de 40% da população do país não tem comida suficiente.

Família deslocada na Somália. Foto: OIM/Celeste Hibbert

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O coordenador humanitário das Nações Unidas para a Somália fez um apelo de emergência para ajuda humanitária ao país devido ao agravamento da seca. Centenas de milhares de pessoas enfrentam escassez de água e comida.

Numa reunião da comunidade internacional que decorreu esta sexta-feira na capital queniana, Nairobi, Peter de Clercq destacou a urgência para dar resposta às condições criadas pela seca no país do Corno de África.

Somalilândia e Puntlândia

A situação nas áreas semi-autónomas da Somalilândia e Puntlândia agravou-se e espalhou-se para o sul e centro do país. Mais 300 mil pessoas podem passar fome, o que corresponde a uma subida de um terço do atual 1 milhão de pessoas que vive na situação.

Pelo menos 320 mil crianças menores de cinco anos estão gravemente desnutridas, incluindo mais de 50 mil que estão em situação grave.

No total, 5 milhões de somalis não têm comida suficiente. O número equivale a mais de 40% da população do país que conta ainda com um quinto de pessoas em situação considerada de “crise” e “emergência”.

Seca "extremamente preocupante"

De Clercq alertou para "a corrida contra o tempo" que acontece num momento em que o desespero é cada vez maior para as famílias carentes e vulneráveis. O responsável disse que a seca é extremamente preocupante e pode piorar rapidamente.

A poucas semanas do fim do ano, o Plano de Resposta Humanitária de 2016 no valor de US$ 885 milhões foi financiado em 47%. Recursos de agências humanitárias esgotam e estas precisam de valores para enfrentar as necessidades crescentes.

O representante destacou que há comunidades do norte que passaram quatro épocas seguidas com chuvas abaixo da média. Agora, as famílias adotam medidas de desespero para sobreviver quando as chuvas são fracas na maioria das regiões da Somália.

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Fonte: Rádio ONU

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