Falta de “liderança visionária” impede acordo entre israelenses e palestinos

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19/10/2016

Falta de "liderança visionária" impede acordo entre israelenses e palestinos

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Opinião é do coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov; metade dos palestinos nos territórios ocupados precisam urgentemente de assistência humanitária.

Nickolay Mladenov. Foto: ONU/Loey Felipe

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Segurança realizou um debate aberto esta quarta-feira sobre a situação entre Israel e Palestina. O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio fez declarações no encontro.

Nickolay Mladenov lamentou que "a falta de uma liderança visionária continue definindo o conflito". Segundo ele, sem o fim da ocupação e com a ausência de um acordo que leve à solução de dois Estados, toda a região sai perdendo.

Assentamentos

O representante da ONU disse que a falta de progresso leva ao aumento da "raiva e da frustração dos palestinos e da profunda desilusão dos israelenses".

Mladenov denunciou ações violentas realizadas pelos dois lados, que causaram a morte de civis. Outro problema, segundo ele, é a continuação dos assentamentos por parte de Israel, incluindo planos de construção de centenas de casas na Cisjordânia.

A situação humanitária na região também foi abordada no encontro no Conselho de Segurança. O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários informou que metade dos palestinos nos territórios ocupados, ou 2,3 milhões, precisam receber assistência humanitária com urgência.

Sem Luz

Em Gaza, por exemplo, 70% da população só têm acesso à água durante algumas horas e a cada dois ou quatro dias, sendo que boa parte dessa água não é potável. A falta de energia também é diária, com muitas casas recebendo eletricidade durante oito horas por dia.

O'Brien também alertou sobre a situação das crianças: 230 mil precisam de apoio psicossocial em Gaza. Já sobre a Cisjordânia, o subsecretário-geral falou sobre um ano fatal para israelenses e palestinos, com ataques de ambas as partes, que já mataram muitos civis.

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Fonte: Rádio ONU

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