Anne Hathaway pede “redefinição” das licenças maternidade e paternidade

0
48

Anne Hathaway pede "redefinição" das licenças maternidade e paternidade

Ouvir /

Atriz e embaixadora da ONU Mulheres critica barreiras enfrentadas por mães e pais após nascimento dos filhos; nas Nações Unidas, ela pede o fim do estigma imposto sobre a participação dos homens nos cuidados com as crianças.

Anne Hathaway em evento na sede da ONU nesta quarta-feira, 08 de março. Foto: ONU/Rick Bajornas

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.

A atriz americana Anne Hathaway fez sua primeira aparição pública como embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres. Na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, ela participou de evento especial nesta quarta-feira, celebrando o Dia Internacional da Mulher.

O foco do discurso de Hathaway foi as dificuldades enfrentadas por homens e mulheres após o nascimento de seus filhos. Segundo a atriz, 25% das mulheres nos Estados Unidos retornam ao trabalho apenas duas semanas após o parto.

Gastos

Isso porque o país oferece 12 semanas de licença-maternidade, mas que não é remunerada, além de não oferecer licença-paternidade. A ganhadora do Oscar lembrou ser uma situação difícil, uma vez que ter filhos representa mais gastos no orçamento.

A atriz foi aplaudida ao citar as barreiras à igualdade e ao empoderamento das mulheres e ao dizer ser necessário "redefinir e acabar com o estigma sobre o papel dos homens para cuidar de seus filhos".

Anne Hathaway defendeu que para "libertar as mulheres, é necessário libertar os homens".

Fim de estereótipos

Segundo ela, assumir que apenas mulheres e meninas devem cuidar da casa e da família "é um estereótipo teimoso que discrimina as mulheres e limita a participação e a conexão dos homens com suas famílias e com a sociedade".

A atriz explicou que a licença parental remunerada (ou seja, licença-maternidade e paternidade) não representa tirar dias de folga do trabalho, mas sim "ter a liberdade para definir papéis e estabelecer ciclos positivos de comportamento".

Anne Hathaway lembrou que as empresas que oferecem o benefício conseguem, ao mesmo tempo, aumentar a produção e o moral dos funcionários. Ela citou pesquisas que mostram que os pais gostariam de ter mais tempo com seus filhos.

A embaixadora da ONU Mulheres aproveitou para fazer um apelo a países, empresas e instituições do mundo inteiro, pedindo para que tornem-se "campeões em prol da licença parental remunerada". Hathaway disse que pelas previsões e se nada mudar, apenas 66 países vão oferecer o benefício até 2030.

Notícias Relacionadas:

Paridade salarial entre homens e mulheres só será alcançada em 170 anos

Entrevista: ONU Mulheres

Chefe da ONU diz que “direitos das mulheres são direitos humanos”

Fonte: Rádio ONU

Deixe uma resposta

Por favor digite seu comentário!
Por favor digite seu nome