Angola aposta na ação com comunidades para controlar e gerir a biodiversidade

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Ação com populações ajuda a cobrir lacunas de valores, técnicos e tecnologia; chefe de Instituto de Biodiversidade fala de ganhos para bem-estar, combate à pobreza, desemprego e desenvolvimento rural.

Vista aérea mostra um rio perto de Menongue, na província de Cuando Cubango. Foto: Pnuma

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O diretor do Instituto de Biodiversidade e Áreas de Conservação em Angola disse que as autoridades apostam numa ação com as comunidades para controlar e gerir o património animal e de plantas.

Abieas Wongo disse em junho durante um reportagem da Rádio ONU, em Luanda, que as prioridades para conservar a biodiversidade incluem envolver cidadãos locais, ações para aumentar a consciência das populações e administrar essas áreas.

Perspetivas

"O emprego vai aparecer quando valorizarmos o capital natural que ele (o cidadão angolano) tem ao lado e, ao mesmo tempo travarmos a questão da migração do campo para a cidade. São algumas abordagens que vamos ensaiando e estamos com boas perspetivas. Em algumas áreas temo-nos dado muito bem. Em Malange, fiscais cuidam das áreas de conservação e uma parte deles é de comunidades à volta. No Cuando Cubango e em Cabinda temos o mesmo processo e nós queremos continuar com isso para estender a todo o território nacional."

O responsável destacou o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, que permite que Angola esteja a "ver uma recuperação de áreas onde havia espécies extintas".

Tecnologia

Um dos exemplos é a província de Cuando Cubango, que tem os parques de Luengue/Luiana e Mavinga com mais de 90.000 km2 que ele considera uma "área de um país grande". Wongo explicou que os requisitos para controlar esses territórios incluem dinheiro, recursos humanos e tecnologia.

A área angolana abriu recentemente uma escola de guardas florestais que pode formar 500 elementos de cada vez. Dezenas de antigos combatentes das partes que estavam envolvidas na guerra civil são agora “soldados da natureza” formados no centro que vai admitir candidatos de mais países africanos.

Wongo disse que gerir o património da biodiversidade de Angola é uma tarefa das mais desafiantes da atividade ambiental, mas destacou que pode contribuir para o bem-estar e para os desafios de combate à pobreza, ao desemprego e ao desenvolvimento rural.

*Apresentação: Michelle Alves de Lima.

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Fonte: Rádio ONU

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